Da Pedra, O Sal
Há beira-mar e contemplação...
Do alto as falésias desafiam
Falácias rasteirinhas em ação.
Penedo com fala autoritária afia
Enquanto aves caçam ao içar voo
Rasante já à saída até o horizonte
Entendem a sequência do jogo
Já sabem do tinto de hoje e ontem
E cruzam-se no colo do igual
Onde a guarida está em falta
Mas esperam o mimo em alta
Pelas diferenças, apego normal.
E apiam, fazem ninhos nas pedras
Têm filhotes agrestes, silvestres
E se nutrem do saber dos mestres
Em tantas fomes que o sol medra.
In: 'Da Pedra, O Sal'
Poema de Ibernise.
Barcelos ( Portugal), 23JAN2015
Ibernise
Enviado por Ibernise em 23/01/2015