Brio Por Um Fio
Entre aspas o teu olhar é, já, cura
Que em fusos se invagina
Onde fia tecendo a sua costura,
À sombra da luz que ilumina.
Sendo no tempo, intensa e antiga,
A laborar fustigada, todo o dia,
Esse tecido no calor, mais mitiga
E inflama, sem saber o que alumia...
Vem, vem ó vivo raio, e vida faz
Deste querer, que amarras com fio,
Seda artesã, entre essências e cristais,
Artefato livre, no cerne do brio...
Ibernise
Barcelos (Portugal), 27NOV2011
Núcleo Temático Romântico.
