Suprema Ave
Estou rindo com o tempo,
Mas meu sorriso é interior.
Ele é ave que contemplo
Voa, sempre, ao meu dispor.
Baila ao vento, faz ar de graça
E a seu jeito dança comigo.
Se aconchega em meu abraço,
É supremo e grande amigo.
Aloja-me em cada lembrança
Boa, que é terna de relembrar.
Avança calmo e me lança
Num doce mel, sem me largar.
Sua natureza é dádiva plena
A cada olhar, alimenta e fascina.
Ao partilhar a fábula, encena
História de paixão que alucina.
In: 'Suprema Ave' poema de Ibernise
Barcelos (Portugal), 11JAN2012
Núcleo Temático Romântico
