O Galo de Barcelos ao Poder
Ó Galo supremo
Vieste Campeão
Poderoso e imponente
Vês do alto sobre montanhas e planícies.
Emplumada e altiva ave!
Cota da tradição oral
De juras e de paixões nos desejos,
Entre um homem e uma mulher.
Nas tuas asas o brilho multicor
Elásticas e criativas a alçar teus voos,
A me ajudarem a plainar
Em rasantes de marés à preamar...
Num tempo medieval,
Num rito de pedra e sal
Forjado valor de raíz cultural
Neste espaço que é atual
Doce Galo a ti e a mim, identificas.
Tal poder o teu de encantar
Cantas em teus passos de dança
Numa leveza que me leva
Em direção ao teu cantar...
E assim te chegaste a mim
Que venho de além mar.
E trago comigo o tesouro que deixaste lá
Quando te anunciaste ó Galo das verdades,
Consagrando-se eterno bem
Entre Tejos, Cávados, Neivas
Já estiveste no Amazonas, também...
Tanto mar a navegar
Tanto espaço para aterrissar
Tanto verde para abraçar,
Descobrir e completar...
Recuo e avanço no tempo
Dos nossos ancestrais
De todas as castas, nas lendas,
Nos mitos e na história,
Das terras do Minho
Onde tudo começou
Retorna! Faz valer o nosso aval,
Credo a cumprir um novo Portugal.
In: 'O Galo de Barcelos ao Poder' poema de Ibernise.
Barcelos (Portugal),24JUL2012