Sob Asas o que Vejo... (Série:Poemas Didáticos)



Sob as asas do meu amor, rumorejo
Feliz perambulando nos sítios e rotas
Permito-me o conforto deste lugarejo,
Às vezes aéreo, outras à terras quotas.

Coordenada, em um ponto daquele
Espaço, terceira e penúltima cartesiana.
No quadrante, que fechados sós, nele
Declama para mim, versos de nirvana...

Lugar imaterial que o pensamento rege,
Nas formas sagradas e profanas do querer
Vem sem aviso a reclamar, qual herege,

A suprema ventura de ter e proteger
A sua amada, no ninho que à paz converge,
Oásis a verter toda água que quiser beber.

In: Sob Asas o que Vejo...' Soneto de Ibernise
Ibernise
Barcelos (Portugal), 27FEV2012
Núcleo Temático Educativo.

Apêndice:
Poema cuja palavra chave 'quota' passa a noção matemática da terceira coordenada cartesiana de um ponto no espaço. Também pode ser explorado o significante linguistico 'cota' como sinonímia, e como quinhão, percentagem sobre um determinado valor, quantidade, ao trabalhar a noção de número e seus derivados: lateralidade, ponto de referencia, relação espaço e tempo, dentro, fora, ao lado de, sob, sobre, etc. Um ponto mínimo ( uma só palavra), na relação ensino-aprendizagem de um conteúdo que facilmente permitirá ao professor um movimento de ir e vir do texto matemático ao poema romântico e ao mesmo tempo didático, numa performance didática interdisciplinar. (In:Apêndice do poema 'Sob Asas o que Vejo... /Série:Poemas Didáticos' Soneto de Ibernise)