PARES IRRECONCILIÁVEIS*
Há o bem e há o mal
No ser, é bem natural...
Há o amor e há o ódio,
Na vida, em episódios.
Puxa, estica e cai!
É luta interior, não sai...
O bem é sempre o tal,
Par com ele, está o mal...
O amor é muito sublime...
Tanto bem o amor exprime...
Mas, seu espaço o ódio ver,
E o amor tem que ceder...
Raul Seixas na música “Trem das Sete,”´capta o imaginário popular " ...Ói, ói o mal... Vem de braços e abraços com o bem num romance astral..." É possivel estabelecer-se uma leve ligação à obra freudiana “Psicanálise de Grupo e Análise do Ego.” Em seu texto, Freud conecta magistralmente o indivíduo às massas, justificando o inconsciente coletivo, reinterpretando a psicologia na sua praia, a Teoria do Inconsciente. Esses pares conflituais são, irreconciliáveis... Entre amor e ódio, bem e mal, vida e morte... Não existe possibilidade de síntese. É sempre a mesma moeda com duas faces...E é bíblico... Há o bem no paraíso de Deus mas, há também a serpente...Há o amor de Deus, mas há também a fúria de Deus, resgatada pelo Seu filho, O Salvador, etc... Mas, ainda persiste a tentação e o perdão, o que dá no mesmo... Assim, a pulsão no ser humano é dual, é conflito interior, ele tem que administrar este instinto primitivo, controlando seus desejos e suas fantasias, e tentar viver em paz consigo mesmo e com sua cultura...
*Núcleo Temático Filosófico
Ibernise M. Morais Silva . Indiara (GO), 10.11.2006.
Ibernise
Enviado por Ibernise em 28/01/2007
Alterado em 02/03/2007
